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Posts Tagged ‘Grant Morrison’

As melhores hqs de 2014

Seja pelo fato do cinema estar adaptando vorazmente hqs com mais voracidade do que fã da Beyoncé em site de fofoca ou por simples e bucólica fodasticidade auto-intrínseca, fato é que 2014 foi um ano excelente para os quadrinho, tanto no quesito super-herói quanto nas histórias mais aleatórias do que Ronnie Von jogando AD & D com o Roberto Justus. Vamos a elas:

– Trees, de Warren Ellis e Jason Howard

Jason Howard

 

A primeira hq que li deste genial autor foi o Excalibur nos tempos do Wolverine em formatinho da Abril e simplesmente detestei, achei mais chato que reprise de Grey’s Anatomy em turco; mas desde Autorithy, Planetary e Transmetropolitan tornei-me fã desse cara capaz de ensinar física quântica a um leitor de Crepúsculo.

Trees nos mostra uma visão diferenciada da clássica e overabusada invasão alienígena, onde, como num dia de temporal em São Paulo, árvores gigantescas descem do céu, pousam em lugares aparentemente aleatórios do globo e nada mais fazem além de nos ignorarem como só as árvores e gatos gordos sabem fazer.

Para quem espera ação michaelbayniana desenfreada, pode esquecer, o negócio aqui é roteiro primeiro, tiro-porrada-sangue depois, já que Ellis utiliza o cenário para mostrar problemas político-sociais relevantes e sempre atuais.

 

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DC 2000 – A revista uma década à frente!

17/11/2011 5 comentários

Era dessa forma que o gibi em formatinho da Editora Abril DC 2000 (uma homenagem à revista inglesa 2000 A. D) se apresentava, pois, desta maneira pouco sutil, ficava subentendido que a revista mostraria ao leitor a vanguarda da hq.

E foi o que, de certa forma, aconteceu.

O ano era 1990, a inflação comia nosso dinheiro mais rápido do que conseguíamos gastá-lo, os humoristas da tv ainda tinham graça, a ideia que ainda se tinha de hq de super-herói era de que as histórias só seriam boas se tivesse muita pancadaria gratuita, o selo Vertigo ainda nem sonhava em algum dia vir a existir e Watchmen só era conhecida por quem lia gibi MESMO.

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O Aquaman de Peter David

06/09/2011 4 comentários

Ri disso agora!

Muito já foi dito sobre a… Digamos… “inadaptabilidade contemporânea intrínseca auto-infligida” inerente a Arthur Curry, vulgo Aquaman.

Dizem que ele é anacrônico e sem graça, que só está na ativa porque tem amigos influentes e dizem até que ele bebe direto da garrafa e costuma usar sua telepatia aquática para questionar seus ictio-súditos sobre onde encontrar tesouros no fundo do mar…

Bem… Eu não estou aqui para julgar, mas sim para informar.

Foi nesta divertida fase que Peter David e os ilustradores Jim Calafiore, Martin Egeland, Casey Jones, Gene Gonzalez e Joe St. Pierre mostraram que, a respeito das habilidades sociais deveras restritas de Arthur, ele tinha potencial de sobra para gerar boas histórias.

A primeira coisa que fizeram foi acabar com o visual “surfista burguês chifrado e com cara de nojo” que Aquaman (que aqui descobre seu verdadeiro nome atlante, Orin) tinha há muito tempo; ele apareceu do nada com cabelo comprido, barba e mau humor de viking contrariado.

 

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Transmetropolitan – O futuro distópico de Spider Jerusalém

30/01/2011 6 comentários

Por Jacques

Warren Ellis é uma mistura da bizarrice genial de Garth Ennis com a hiperatividade divertida de Grant Morrison.

Pelo menos é essa a impressão que fica ao se ler Transmetropolitan, da Vertigo (remanescente do extinto selo Helix), que narra as insanas histórias de Spider Jerusalém, um jornalista disposto a passar por cima de tudo e todos na busca do que ele chama de “A Verdade”.

Que, no caso, é a verdade mesmo, e não uma versão dela.

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Authority – Os super-heróis que você sempre quis ler

08/12/2010 5 comentários

Por Jacques

Do ponto de vista filosófico, super-heróis são problemáticos, já que sua principal função é manter o status quo, ou seja, preservar a ordem social e todas as suas eternas desigualdades.

O Authority percorre o caminho oposto, assemelhando-se a uma Liga da Justiça que funciona.

Inicialmente pertencente à Wildstorm e atualmente vinculada ao UDC (em alguma das Terras do Novo Multiverso), esta original equipe foi formada após a dissolução do supergrupo Stormwatch, que era uma espécie de cópia (ou homenagem?) da Liga da Justiça.

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De gênio e de louco, todo Grant Morrison tem um pouco

13/11/2010 8 comentários

Por Jacques

Existem basicamente três tipos de histórias escritas por Grant Morrison: as de super-heróis normais (que todo mundo entende), as que misturam super-heróis com viagens psicodélicas (que quase todo mundo entende) e as viajandonas (que só ele entende).

Acho que é por somar esses diferentes estilos de escrita a uma imaginação sem limites mensuráveis que Grant Morrison é hoje um dos roteiristas preferidos dos fãs de hqs.

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“Nossa estupidez transformou o mundo numa granada! Nossa ganância puxou o pino!”

Por Jacques

Surrupiei o título deste post do gibi DC 2000 26, da história “O demônio e o mar profundo”, onde o ainda não tão conhecido escocês doidão Grant Morrisson interrompia a história principal de Buddy Baker, o Homem-Animal, para mostrar aos leitores a luta dele ao lado de Delfim e seu amigo ecoterrorista Dane Dorrance para tentar impedir a matança anual de golfinhos e baleias que ocorre nas ilhas Faroe, que é um arquipélago de 18 ilhas pertencente à Dinamarca.

Esta prática, que teve início séculos atrás por necessidade, hoje nada mais é do que uma tradição estúpida e desnecessária.

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