Inicial > Artes > A Trilogia Marciana de Michael Moorcock

A Trilogia Marciana de Michael Moorcock

Famoso por ter criado o espadachim feiticeiro Elric de Melniboné e o termo “Multiverso”, o escritor Michael Moorcock (assim como Edgar Rice Burroughs) utilizou o exuberante e super povoado passado fictício do planeta Marte como pano de fundo para sua trilogia literária composta por A Cidade da Neblina Verde (City of the Beast), O Senhor das Aranhas (Lord of the Spiders) e Os Senhores do Fosso (Lords of the Pit), pela Publicações Europa-América.

A história começa quando o físico Michael Kaine, sofrendo um acidente com um transportador de matéria em um laboratório, é transportado para o planeta Marte de milhares de anos atrás, quando este era uma mistura da Era Hiboriana de Conan com a clássica série de livros Duna, de Frank Herbert.

Neste ambiente exótico, o desnorteado Michael faz amizade com a bela princesa (SIM! SEMPRE tem uma princesa na história… E SIM! É claro que ela é linda) Shizala e Movat Jard e Hool Haji, guerreiros Argzoon (também conhecidos como Gigantes Azuis, com mais de três metros de altura) que o auxiliam na difícil tarefa de manter-se vivo em duelos de espada, batalhas campais e o que mais aparecer pelo caminho.

Mas como é que um cientista com físico de corretor da bolsa se torna um Allan Quatermain de uma hora para outra?

Bem… Vamos dizer que a foi uma questão de necessidade e não de escolha.

Kaine e Shizala

Moorcock povoou este Marte com criaturas interessantes: o dahara, animal de carga e montaria (uma mistura de canguru com chimpanzé), o heela (lagarto de oito patas e duas cabeças), o rheti (arganaz onívoro do tamanho de um elefante adulto), os Hahg (antropocães), os Purha (antropogatos), os n’ heer (serpentes carnívoras com cabeça de peixe-espada), os Jihadoo (homens azuis alados), a Mãe-do-Mar (serpente marinha gigantesca com cabeça de besouro), entre outros.

E em sua jornada por aquele planeta, Kaine se utiliza de algumas máquinas (como aeronaves e um transmissor telepático que o ensina a falar marciano) que restaram da chamada “Guerra Poderosíssima”, que ocorreu séculos atrás e mergulhou Marte (ou Vashu, como é chamado por seus habitantes) na tecnofobia e superstição.

De leitura fácil (sem a trama complicada e os exageros narrativos de Elric), sem termos técnicos nerds inúteis e intelectualmente pretensiosos, esta trilogia fornece ao leitor ficção científica de qualidade, unindo diversão com algumas pitadas filosóficas úteis.

Algo que a simplicidade e genialidade de Michael Moorcock faz parecer algo fácil de fazer.

  1. Fábio Ochôa
    15/09/2011 às 16:18

    Este é um autor que eu tenho que descobrir ainda.
    Dele li só um livro do Elric (em portugueish de portughal) que achei bem legal, mas deu aquela sensação de já ter pego o bonde andando.

    Por enquanto estou me dedicando ao J.G. Ballard e ao Edmond Cooper nos meus momentos de folga.

    • Jacques
      15/09/2011 às 17:12

      A saga do Elric é confusa mesmo, Ochôa.
      Esta trilogia do post também foi publicada em português de Portugal, o que não chega a atrapalhar a leitura.
      Estes autores que citastes eu não conheço, vou dar uma pesquisada sobre eles.

  2. Fábio Ochôa
    15/09/2011 às 18:03

    O Ballard recém agora comecei a ler coisas dele, uma coletânea de contos chamada O Homem Impossível, muito boa.
    Dos livros dele saíram pro cinema o Império do Sol, o Crash- Estranhos Prazeres e o Tropas Estelares.
    Ou seja, o cara é o alhos com bugalhos.

  3. 16/09/2011 às 08:00

    O nome do cientista era Michael Kaine mesmo? O Michael Caine da vida real interpretou um pseudo-cientista naquele filme muito bom chamado “O Enxame”, que passou tanto ou mais vezes no SBT que Lagoa Azul na Globo.

  4. 30/09/2011 às 11:11

    Quero uma resenha de Elric… Que tal Jacques?
    Por sinal, que dificuldade de achar Elric e Monstro do Pântano, segue a busca…

    • Jacques
      01/10/2011 às 22:42

      Já tá pronta, Valim, é só clicar no link da primeira frase do post.
      Mané…

  1. 06/02/2012 às 14:32

O que você achou?